Hoje apeteceu-me levantar da cama cedo, até porque está um sol resplandecente. Tinha de ver a pressão dos pneus, ver o óleo e o nível do líquido de refrigeração. Tudo coisas que uma mulher separada, teve de aprender a fazer sózinha. E não comecem já a pensar “ai coitadinha” que já vem aí um chorrilho de lamentações, porque não é nada disso.
Até porque estar solteira outra vez, tem de facto as suas vantagens, sobretudo no que diz respeito a assuntos da mecânica e afins. Há sempre um número razoável de cavalheiros solícitos, que nos ajudam quando é preciso.
Mas adiante. Fui então fazer isso tudo dos óleos e tal e achei que também já era altura de lavar o meu Panda. Fui então alí para os lados do INATEL que tem daquelas coisas que somos nós a lavar o próprio carro com um jacto de alta pressão.
Eu adoro Lavar o meu carro! Há qualquer coisa que me transporta à infância, não sei. Lembro-me dos tempos em que ía com a minha irmã e os meus pais carregados de baldes e panos e esponjas e toca de ír ali para Monsanto, que era o sítio onde as pessoas de Lisboa, não só íam fazer piqueniques e dormir cestas, como aproveitavam para fazer a limpeza da viatura. Sempre era mais barato e as crianças divertiam-se.
Pois eu devo ter mesmo gostado disso a valer, porque aprecio verdadeiramente ver aquela porcaria toda castanha a sair do carro, e se pudesse ainda tinha a lata de pegar na esponja - que eu guardo carinhosamente no porta-bagagens - e punha-me a esfregar frenéticamente. Mas acho que isso dava muito alarido, e ía ficar com ar de maluquinha das limpezas.
Será que há mais gente por aí que goste desta coisa de lavar carros à mão? Ou sou só eu que ando com ataques de nostalgia?
2 comments:
Por vezes a infância influencia.
Há coisas piores, não acho problema nenhum pegar na esponja, é pior ter o carro sujo.
Gostei do teu espaço.
Bjinho
há. ainda me lembro de andar em cima do tejadilho de uma ford transit pq era sp a mais pequena. havia um esponja, uma mangueira e uma alegria enorme nestas limpezas de verão.
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